UE propõe fundo para perdas e danos na COP27, mas com condições
O fundo deve ser dirigido aos países mais vulneráveis às alterações climáticas, afirmou. “E deve ser levada em conta a situação económica dos países em 2022 e não em 1992 [quando foi assinada a Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas], que é a proposta do G77 [o grupo de 134 países em desenvolvimento mais a China, que está a fazer finca-pé para que da COP27 saia um compromisso sobre um mecanismo para financiar as perdas e danos sofridos por causa das alterações climáticas]”, avisou Frans Timmermans.
O ano de referência é importante, porque a China, actualmente o maior emissor de gases com efeito de estufa e a segunda maior economia mundial, foi classificada como um país em desenvolvimento na convenção de 1992 – e poderia assim evadir-se a contribuir para este fundo. Esta proposta aumenta a pressão sobre a China.
As atenções concentram-se precisamente no que farão os dois maiores poluidores, China e nos Estados Unidos, que nesta COP27 retomaram aa colaboração na área do clima. Nenhum dos dois respondeu ainda à proposta da UE. “Já não há tempo para os EUA se deixarem ficar de lado. Têm de demonstrar uma posição construtiva”, disse à agência AFP Rachel Cleetus, economista no programa de clima da Union of Concerned Scientists.