Debate reúne na Figueira candidatos a bastonário da Ordem dos Advogados
O auditório do Museu Municipal da Figueira da Foz recebe, a partir das 15h00 do próximo dia 17, o debate entre os candidatos a bastonário da Ordem dos Advogados. Ao mais alto cargo da primeira ordem profissional de Portugal, a Ordem dos Advogados (OA), criada em 1926 mas cuja génese remonta a 1838, candidatam-se, para o triénio 2023-2025, sete advogados: o atual bastonário Luis Menezes Leitão, António Jaime Martins e Varela Matos, ambos já “repetentes” nestas corridas eleitorais, e os quatro estreantes Fernanda de Almeida Pinheiro, Paulo Pimenta, Rui Silva Leal e Paulo Valério.
No debate da Figueira da Foz está já confirmada a presença de cinco dos sete candidatos. Em cima da mesa estarão temas fraturantes, entre a classe e entre próprios candidatos, bem como outros que parecem ser preocupações transversais. A procuradoria ilícita, o custo da justiça para os cidadãos, a conciliação da vida pessoal e profissional, a revisão da tabela de honorários, a reforma da previdência social dos advogados, a intervenção na estrutura orgânica e funcional da OA, o regime fiscal dos escritórios de advogados, a formação inicial dos advogados, a remuneração obrigatória dos advogados estagiários, a proteção laboral dos advogados associados e a transição digital na advocacia são alguns dos temas que surgem nos diferentes manifestos eleitorais que pretendem clregaraos mais de 35.000 inscritos na OA, dos quais cerca de duas centenas na Figueira da Foz embora nem todos em atividade.
Mas, segundo a presidente da delegação da Figueira da OA, Maria José Colaço, este desígnio pode não ser fácil de cumprir. «Os advogados são os principais interessados e destinatários deste debate, e de todos os debates que tem vindo a realizar-se, porque estes server para dar informação sobre as diretrizes e objetivos das diferentes candidaturas e para dar a conhecer a personalidade de cada candidato», explica a presidente, atualmente em fim de mandato, uma vez que as eleições para a delegação figueirense acontecem já no próximo dia 29, e Maria José Colaço esgotou já os três mandatos consecutivos possíveis.
«Que inovações, que mudanças, que prioridades, fazem parte dos planos de cada um dos candidatos? Saber a resposta a esta pergunta é ou devia ser, na minha opinião, fundamental para poder exercer, de forma informada, o direito cívico de votar; porque, depois, aquele que for eleito será sempre o nosso bastonário, independenternente de qual tenha sido o nosso voto pessoal», sustenta
«Acima de tudo - sem criticar - lamento que muitos dos meus colegas advogados se esqueçam que não basta estar inscrito na OA, é preciso fazer parte da OA, e disso faz parte eleger o bastonário. Abstêm—se muito, essa é a realidade, são alheios à dinâmica da OA, como se não fosse sua, quando, na prática, esta é uma casa que é deles», acrescenta
«O bastonário da OA defende os seus interesses, a caixa de Previdência, os seus direitos firmes e presentes... é muito vasta a função do bastonário, era bom que dispensassem algum tempo para saber em quem votar», conclui, apelando à presença no debate de dia 17, que será transmitido e ficará disponível na JusticaTV.