O advogado José Ferreira Prada faleceu ontem, aos 87 anos, deixando um legado inapagável no exercício da profissão que abraçou. Licenciado em Direito na Universidade de Coimbra, em 1964, inscrever-se-ia na Ordem dos Advogados três anos mais tarde, fixando-se na Madeira, onde desenvolveu trabalho meritório que lhe granjeou o reconhecimento generalizado, inclusivamente dos seus pares. Lutou pelo reconhecimento da classe, com a frontalidade e coragem que o caraterizaram em todos os momentos. Foi formador do Conselho Regional da Madeira da Ordem dos Advogados e membro do Conselho Superior.

Sempre atento à sociedade, não deixou de intervir cívica e politicamente, tendo sido eleito deputado na Assembleia Municipal do Funchal.

Alvo de inúmeros reconhecimentos de diferentes áreas e instituições público-privadas, o desaparecimento de José Ferreira Prada mereceu palavras de pesar ao longo do dia de ontem. O presidente da ALRAM, José Manuel Rodrigues, considerou tratar-se de “uma personalidade frontal e corajosa, incontornável na sociedade madeirense, das últimas décadas, que honrou a nobre causa da advocacia e da Justiça”.

Lembrou que foi seu “companheiro de muitas lutas” e que serviu “causa pública como deputado da Assembleia Municipal do Funchal”, endereçando “à família os pêsames”, nomeadamente ao filho, José Prada, atual vice-presidente da Assembleia da Madeira.

Também a Câmara Municipal do Funchal endereçou os “mais sentidos e profundos pêsames” aos familiares, destacando o “conhecido e respeitado causídico da Região que desempenhou, com grande dedicação e convicção”, o cargo de deputado na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira e também na Assembleia Municipal do Funchal.