“2024 está a ser uma masterclass em destruição do clima", foi com esta frase que o secretário-geral da ONU, António Guterres, começou esta terça-feira discurso de abertura da COP29, em Baku.
António Guterres, que colocou a crise climática no centro das suas preocupações desde o seu primeiro mandato, recorreu mais uma vez à retórica alarmista para sublinhar a urgência de tomar decisões: "Vamos ouvir o tiquetaque do relógio. Estamos em contagem decrescente para limitar o aumento das temperaturas para 1,5 graus e o tempo não está do nosso lado".
"É uma mastercalss sobre destruição climática", disse, enumerando momentos de crises humanitárias, como as "inundações que destroem comunidades", ou as "crianças que vão para a cama com fome".
Guterres recordou também os problemas que os países pobres enfrentam para conceber uma adaptação às energias limpas.
António Guterres não apontou o dedo a nenhum governo, mas lançou um dardo aos países ou políticos que se agarram aos combustíveis fósseis
A 29.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP29) arrancou na segunda-feira em Baku, no Azerbaijão, e vai decorrer até dia 22.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, também recusou o convite bem como o chanceler alemão, Olaf Scholz, e a presidente da Comissão Europeia, Úrsula von der Leyen.