As Nações Unidas dizem que a ajuda não está a chegar a tempo à maior parte das pessoas que dela precisam.
As agências internacionais que dão apoio aos que são obrigados a fugir não conseguem dar resposta a todas as necessidade nem chegar a muitos dos locais onde a ajuda mais falta faz, como é o caso dos países onde há guerras.
A ONU diz que “o número de deslocados nunca foi tão grande em todo o mundo". São mais de 70 milhões de pessoas que tiveram de fugir do local onde viviam mas que não passaram a fronteira para outro país, o que quer dizer que não são refugiados, nem pediram asilo político. Esta situação deixa-os muito mais vulneráveis.
Os conflitos armados, a pobreza e as consequências das alterações climáticas, são as principais causas para o aumento do número de deslocados. As guerras, em África, no Médio Oriente e na Ucrânia, a seca extrema, a falta de água e as cheias são os fatores que mais obrigam as pessoas a terem de abandonar as próprias casas, aldeias e vilas.
Os deslocados são, também, muitas vezes, os que nem sequer têm meios para conseguirem fugir para outro país e tentarem uma vida melhor.
Segundo as Nações Unidas, estas pessoas são as que têm maiores e mais graves problemas de saúde, os que têm a mais alta taxa de mortalidade e a menor esperança de vida.
A ONU diz que, se nada for feito, só as alterações climáticas vão levar mais 200 milhões a tornarem-se deslocados, nos próximos 25 anos.