Chefes da Guarda Prisional alertam que concurso parado põe em risco segurança nas cadeias

A Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional (ASCCGP) acusa o Governo de manter o concurso para chefes parado há quase um ano. E avisa que, sem comando e liderança, “o pior” poderá acontecer nas cadeias portuguesas.

A estrutura liderada por Hermínio Barradas mostra “estupefação” com o tratamento dado pelo Ministério da Justiça aos chefes da Guarda Prisional, lembrando que o concurso para a admissão de elementos para esta categoria foi iniciado em julho de 2023, mas “está parado administrativamente desde maio de 2024”. Falta realizar a prova de conhecimentos aos candidatos, justifica.

 Prova de conhecimentos que, destaca a ASCCGP, vai ter lugar no próximo sábado, mas só para os 99 candidatos às 225 vagas do concurso de guarda prisional, aberto muito tempo depois. “Não compreendemos as prioridades estabelecidas pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) em virtude da constatada e assumida falta de chefes e o que esta provoca no quotidiano dos estabelecimentos prisionais”, refere.
A associação sindical dá o exemplo da cadeia de Évora, que “não tem nenhum chefe ao serviço há tempo por demais indesejável, bem como a dezena de estabelecimentos prisionais que apenas têm um ao serviço”. E recorda que o quadro orgânico da DGRSP prevê “526 elementos da carreira de chefes”, mas, nas suas contas, só existem 240 a trabalhar.
 

“Depois não poderão invocar a falta de comando, de tomadas de decisão e a emanação de diretrizes erradas, caso algo indesejável aconteça”, alerta. “Sem sermos alarmistas nem dramáticos, adivinhamos o pior... não foi por falta de aviso”, conclui a ASCCGP.

 

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18/03/2025 16:03:47