AIMA diz que estudos do Observatório das Migrações estão disponíveis para quem os pedir
A Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) prometeu esta quarta-feira que o acesso integral às publicações científicas do Observatório das Migrações (OM) ficarão disponíveis no novo website da instituição e que, até lá, atende todos os pedidos de consulta.
Em resposta a uma carta aberta de mais de uma centena de investigadores académicos e associações a pedir o acesso ao acervo técnico da OM, a AIMA informa no seu portal na Internet que “o restabelecimento do acesso integral às publicações científicas e técnico-científicas do OM está em curso, estando o novo website dedicado exclusivamente ao trabalho desenvolvido pelo Observatório em fase final de desenvolvimento”.
Até à disponibilização na página online, o “OM assegura a consulta presencial no centro de documentação que funciona nas suas instalações em Lisboa e o envio dos materiais em PDF que venham a ser solicitados”. Além disso, o “OM tem respondido a todas as solicitações que lhe foram remetidas até à data e continuará a fazê-lo, no cumprimento de uma das suas funções principais: assegurar a disponibilização de informação atualizada e rigorosa sobre migrações e migrantes em Portugal”, refere a AIMA, salientando que os pedidos podem ser dirigidos para o endereço eletrónico da organização.
Na carta aberta, os subscritores consideram que a eliminação desses estudos representa “um retrocesso significativo, contrariando a própria essência da investigação científica” nos tempos atuais cuja tendência é de acesso livre, como é política da própria Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Na carta dirigida ao ministro da Presidência, ao secretário de Estado Adjunto da Presidência e Imigração, ao presidente da e ao coordenador científico do OM, os signatários manifestam a sua “profunda preocupação em relação à remoção da coleção dos estudos publicados online” pela organização.
“A comunidade académica, em particular os/as investigadores/as na área de estudos migratórios, lamenta profundamente a perda do acesso a este acervo digital, porque a ciência progride através da construção sobre o conhecimento já existente”.