500 anos de Correios em Portugal

500 anos de Correios em Portugal

A epopeia dos Descobrimentos colocou Portugal no centro do mundo, obrigando a Coroa, a nobreza e a burguesia a contactos com outros Estados e mercadores. Foi essa necessidade que levou D. Manuel I, a 6 de Novembro de 1520, a publicar a Carta Régia que criava o ofício de Correio-Mor, inspirado nos serviços holandeses, entregando a gestão deste serviço público ao seu Cavaleiro Luís Homem. Porem, escrevia-se pouco e o correio era um luxo.

De acordo com o documento "Vencer a Distância. Cinco Séculos dos Correios em Portugal", da Fundação Portuguesa das Comunicações, o Correio-Mor foi um cargo de nomeação régia até 1606, quando foi vendido pelo rei Filipe II a Luís Gomes da Mata, pela quantia de 70 mil cruzados. Durante dois séculos, a família Gomes da Mata manteve a posse da exploração dos correios e procurou modernizá-los.

As críticas à qualidade do serviço levaram o rei a incorporá-lo no Estado em Janeiro de 1797, pretendendo, com isto, não só melhorar a sua eficiência, mas apoderar-se de uma fonte significativa de rendimentos e do controlo da informação que circulava. No ano seguinte, estavam criadas as Mala-Postas, que garantiram, pela primeira vez, um serviço regular de correios. Ao mesmo tempo que criava as Mala-Postas, o Estado apostava também na entrega ao domicílio que, em 1821, começou a funcionar na cidade de Lisboa.

Os portes, que eram caros, deviam ser pagos por quem recebia a mensagem. Muitas vezes, se essa pessoa não podia pagar o que lhe exigiam, simplesmente recusava a mensagem. Por sua vez, os mensageiros, carregados de cartas e dinheiro, podiam ser atacados por salteadores. Estava, assim comprometida a rentabilidade dos correios. Para se resolver este problema um Professor Inglês, Rowland Hill, desenvolveu um estudo de uniformização dos preços e os portes fossem pagos pelo remetente, ele próprio desenhou o primeiro selo, que passou a circular em 1 de maio de 1840

Em Portugal, o primeiro selo entrou em circulação em 1 de julho de 1853. Foi desenhado por D. Fernando de Saxe-Coburgo e tinha o perfil da rainha D. Maria II, sua esposa.

Finalmente, a revolução do Fontismo chegou também aos Correios, com a aprovação da Reforma Postal, ainda considerada a matriz do correio moderno português, que se tornou verdadeiramente acessível a toda a população em 1893.  

Desde sempre os CTT são parceiros naturais da Justiça e dos Advogados, através da comunicação com os seus clientes e com os Tribunais, sempre com o rigor reconhecido como prova em Tribunal.

Mudam-se os tempos, mudam-se as necessidades e em Setembro de 2003 foi disponibilizado pelos CTT o serviço MDDE (Marca do Dia Electrónica) na sequência de protocolo assinado com a OA, para todos os Advogados que já possuam certificado digital emitido pela Ordem. A MDDE permite provar a data e hora de envio de uma mensagem de correio electrónico.

Nas últimas décadas, por causa das novas tecnologias, as pessoas enviam menos correspondência e, quando enviam, é raro escolherem os selos conforme as emoções que querem transmitir. Por recorrerem a materiais e técnicas de impressão inovadoras, os selos e as emissões filatélicas que, entre outros produtos, estão na vanguarda da experimentação gráfica. E sobretudo por evocarem a memória de personagens, objetos e acontecimentos emblemáticos da história e da cultura de um país ou de uma região   são expressões da identidade e do património desse coletivo e veículos da sua difusão pelo mundo.

Em 2003 os CTT editaram o livro História Breve da Advocacia em Portugal, da autoria do Advogado Adalberto Alves, uma edição em capa dura, ilustrada e com selos alusivos à Advocacia em Portugal.

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10/02/2025 22:08:17