O estudo do ISCTE
Neste estudo são os mais velhos e os mais iletrados que pior perceção têm da justiça e os mais jovens e os que tiveram contacto com a justiça aqueles que percecionam com maior clareza a atividade de setor. Há muito que a OA tem alertado para a necessidade de se educar, desde cedo, a sociedade para que esta possa entender os seus direitos e deveres e não se sobressalte com aquilo que é a justiça a funcionar.
O estudo conclui que os inquiridos atribuem responsabilidades a todos aqueles que são intervenientes na justiça, mas também refere que não se percecionam mudanças nos últimos 5 anos nem nos próximos 5 e isso será seguramente responsabilidade dos últimos governos.
Fez-se da justiça o parente pobre de todos os orçamentos de estado e um bem de luxo para a sociedade em geral e não há vontade política para alterar este estado de coisas. E é aqui que teremos que fazer mudanças para cumprir a Constituição da República.
Da Advocacia têm toda a disponibilidade para contribuir para um diálogo construtivo, não contam connosco para sobressaltos que se percecionam mais políticos que cívicos.
Fernanda de Almeida Pinheiro, Bastonária da Ordem dos Advogados